sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nem so de lixo vive a televisão francesa

Tem um canal de televisão por aqui chamado Arte. E um canal franco-alemão, um canal de documentarios dos mais variados argumentos, uns filmes cabeça e outros "très kistch" mas tudo é sempre muito interessante, uma pena que sempre que passam documentarios sobre o Brasil é a triade maldita: violência, menino de rua, prostituição.
Em outro canal chamado France 4 esta passando agora um documentario mensal sobre os grupos de contestadores da ordem estabelecida neste mundo grande e complicado. O programa se chama Global Resistance e é muito interessante e muito instrutivo, para mim so tem um bemol: da a impressão que so na Europa e Estados Unidos existem grupos contra correntes e que apregoam a desobediência civil, e ai eu fico aqui discutindo comigo mesma: Sera que vender propaganda positiva do terceiro mundo não da dinheiro?
De qualquer forma o canal Arte vale ser assistido e o Global Resistance idem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Miss.tic


Tem uma mulher de negro que mora nos muros de Paris. Uma mulher misteriosa, que olha nos olhos dos passantes, que seduz , que hipnotiza, que brinca com as palavras e constroi e descontroi frases, transformando afirmações em sonhos.
Uma mulher que vicia e provoca dependências, como as paixões mais desaforadas.
Eu adoro esta mulher, ando pela cidade procurando-a em cada muro, em cada parede, cheia de esperança pois cada encontro é forte como uma tempestade.
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domingo, 17 de maio de 2009

Impressionante como a facilidade nos é extrangeira quando nunca recebemos nada de mão beijada.
Me explico: nao me lembro de ter conseguido o que quer que seja sem o dobro de esforço que as pessoas normais. Nao sei se é alguma maldiçao proferida por um deus mal humorado ou se simplesmente é pelo fato que eu nao largo o osso mesmo quando a causa ja esta quase perdida. Mesmo sem ver a luz no fim do tunel, mesmo depois que as pilhas da lanterna ja disseram adeus, eu dou um jeito de tirar uma velinha do bolso para continuar o caminho. As pausas na beira da estrada, curtas ou longas sejam elas, so servem para continuar adiante.
Entao ontem quando disse que precisava de 8 dias de repouso no mês de junho pois quero fazer uma viagenzinha, e quem escolhe datas para mim é o preço da passagem, e a pessoa responsavel pelo nosso plano de trabalho me disse tudo bem, sem problemas, sem pestanejar, eu me senti mal.
Como tudo bem? Você nao vai dizer que em pleno verao vocês nao podem dar férias? Que fazem so cinco meses que eu comecei a trabalhar aqui? Entao eu nao vou poder apresentar a maravilha de plano de trabalho que eu ja preparei para o mês? Nao vou poder argumentar que ja tenho 9 dias de repouso para recuperar? Nao vamos discutir?
Assim eu nao quero, assim é facil, menos cansativo, sem duvida, mas eu nao gosto de nada facil!

domingo, 10 de maio de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Quando no ambiente de trabalho um chefe tem preferências, por exemplo prefere trabalhar com brancos que com negros, ou com europeus do que com latino americanos é discriminaçao não é? Então porque no dia a dia também não vemos o mesmo preconceito com os postos de trabalho sexistas? E bom ter uma mulher na equipe da limpeza porque elas são mais cuidadosas, mas nos postos de mando um homem impõe mas respeito. Nada mais falso, e mais discriminatorio.
Lendo o relato de uma argentina que depois de passar alguns anos na Europa estava desesperada com o machismo latino americano lembrei a ela de uma chefa que tinha no trabalho aqui na França mesmo e que gritava aos quatro ventos detestar trabalhar com mulheres porque não são tranquilas (obedientes?) como os homens, ou porque chegam atrazadas ou porque ficam doentes mais facilmente. Isso não é discriminação machista? Ou ter sempre uma mulher na equipe de limpeza pois "mulheres são mais caprichosas" e claro, estão acostumadas a limpar o chão por onde passa o homem. Mas essa discriminação diaria, esse sexismo absurdo esta ja tao arraigado no nosso pensamento comum que ja nem nos damos conta.
No mercado de trabalho, no século XXI e na Europa, ou pelo menos nos dois paises onde morei, França e Italia, a mulher ainda ocupa um posto secundario ao homem, mesmo, sendo melhor formada, mesmo tendo ja uma maior experiência e podendo conciliar com uma facilidade impressionante varias funções ao mesmo tempo, porque ja fazemos isso na vida diaria o sexo feminino mesmo que ja tenha se emancipado na vida social, no mercado de trabalho ainda falta muito para a igualdade, e nem nos damos conta, de tão acostumadas que estamos ao homem que manda.
Que manda la as mulheres dele, porque digo ja, em mim ninguém manda.