sábado, 1 de junho de 2013
Naquela casa, que mais parecia de papel, uma série de eventos impossíveis se sucediam.
Aqui e ali brotavam, por feitiço ou magia seres da terra, da água e do ar.
Fadas azuis de asas transparentes, gnomos com cheiro de terra, duendes brincalhões, salamandras pingando a água gelada das cavernas. Gerações de pequenos animais saídos de um bestiário impossível se sucediam naquele espaço de etérea alegria. E todo dia era dia de festa, faunos assanhados e ninfas inquietas vinham comemorar a maravilha da palpabilidade da existência da vida, do respiro, do sol que queima, do orvalho que faz brilhar e do frio que aproxima corpos.
Tudo acontecia, espontaneamente acontecia. Porque só assim era permitido existir.
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