quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Salvador Allende

ALLENDE

Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que congregar todos los odios
y además los aviones y los tanques,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que bombardearlo hacerlo llama,
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que desatar la guerra turbia,
para vencer al hombre de la paz
y acallar su voz modesta y taladrante
tuvieron que empujar el terror hasta el abismo
y matar mas para seguir matando,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que asesinarlo muchas veces
porque el hombre de la paz era una fortaleza,

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que imaginar que era una tropa,
una armada, una hueste, una brigada,
tuvieron que creer que era otro ejercito,
pero el hombre de la paz era tan solo un pueblo
y tenia en sus manos un fusil y un mandato
y eran necesarios mas tanques mas rencores
mas bombas mas aviones mas oprobios
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que afiliarse siempre a la muerte
matar y matar mas para seguir matando
y condenarse a la blindada soledad,
para matar al hombre que era un pueblo
tuvieron que quedarse sin el pueblo.

Mario Benedetti

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ai Chico do meu coração faço minha cada uma das tuas palavras

Férias de novo

Domingo viajo para a Argélia, quem sabe voltando de la eu deixo de ser esse ser humano sem graça e sem assunto e publique alguma coisa aqui no blog. Mas tem fotinhas la no Imagens, sempre tem.

domingo, 13 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Brice Hortefeux e mais uma gafe








"Il en faut toujours un. Quand il y en a un ça va. C'est quand il y en a beaucoup qu'il y a des problèmes." *

Comentario infeliz do ministro da integração, imigração e identidade nacional Brice Hortefeux, durante a faculdade de verão do UMP (partido governamental), referindo-se a um militante de origem magrebina.

* E sempre necessario um. Quando é so um tudo bem. E quando são muitos que começam os problemas.


Mas sabem o que mais me incomoda? Nem é o fato de alguém lembrar que "apesar de arabe ele come porco", nem do ministro dizer que quando eles sao muitos causam problemas ou que ele não se parece com o prototipo. O incômodo para mim, o que me causa realmente mal estar é o corozinho colonialista, preconceituoso, e cheio de piedade que la de tras começa; " é o nosso, é o nosso arabezinho". Terrivel isso não?

So para lembrar esse é o mesmo ministro que organizou a reunião sobre a imigração em Vichy.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fico meio reticente em publicar videos ou links em inglês. Acho que é um pouco esnobe isso de achar que todo mundo vai entender uma lingua que não é a nossa. Me irrita consideravelmente também ver posts de brasileiros carregados de inglês como se fosse chic, moderno, atual, colocar tudo em inglês. De uma pobreza...
Pois é, as quatro linhas acima são para tranquilizar a minha consciência porque eu queria colocar esse video abaixo que achei tão bonito.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A propaganda da Triton

O texto do post e as fotos da publicidade da Triton foram retirados do blog, http://sindromedeestocolmo.com/ da Denise Arcoverde.
Obrigada Denise por me permitir a reprodução do post.








Apesar de acontecer a toda hora, em todo o país, somente de vez em quando, um caso de mulher morta pelo marido ou namorado e vira assunto. Aí é matéria na Globo e a sociedade se emociona e se revolta, depois esquece.
Quanto mais machista e falocrático, o país, maior a banalização da violência contra mulher. O Brasil tem avançado em tantas coisas, mas minha impressão, aqui de fora, é que a situação da mulher não muda nada ou até piora.
Essas fotos acima são da nova campanha de primavera-verão da marca Triton. Elas seriam impensáveis em muitos países que já passaram por um processo de discussão sobre o impacto da mídia na sociedade. Agora me digam, porque cargas d’água a gente tem de aceitar que uma empresa ganhe dinheiro às custas da glamurização da violência e assassinato de mulheres?
Quando eu falo tanto, aqui no blog, sobre essas campanhas publicitárias, não é somente porque as imagens de mulheres sendo agredidas fisicamente “não me agradam”. Não é porque eu “não consigo separar a ficção da realidade” ou porque eu quero censurar a “enorme criatividade” dos nossos premiados publicitários.
O fato é que ninguém sai impune desse bombardeio de imagens degradantes, da mulher sempre vista como parte mais fraca, vítima, submissa ao garanhão, dono do poder de vida e morte. Há poucos dias, a socióloga Luzia Azevedo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) defendeu que a maioria dos crimes contra a mulher estão relacionados ao sexismo, mesmo quando não são registrados dessa forma.
E não me digam que é “somente uma propaganda”, não. No estudo Images of women in advertisements: Effects on attitudes related to sexual aggression, de Katherine Covell e Kyra Lanis, por exemplo, demonstraram que homens expostos a propagandas nas quais as mulheres eram usadas como objeto sexual, posteriormente, eram mais tolerantes e apoiavam atitudes relacionadas à violência sexual. Enquanto que mulheres expostas a imagens de mulheres em uma postura mais forte se mostraram menos tolerantes a essas situações.
Eu não sou cliente da Triton, mas se fosse, deixaria de compra lá, agora. Basta, né?
Vamos escrever para o
CONAR, que é o conselho “auto-regulamentador” da publicidade denunciando o abuso dessas fotos acima? No site do Conar, tem um link (logo abaixo do banner) para reclamações. Quanto mais pessoas escreverem, mais fácil de sermos ouvidas. Por favor, divulguem esse absurdo em seus blogs, Facebook, Orkut e listas de discussão,
Também podemos demonstrar nossa indignação direto à Triton. Não achei email no site deles, mas tem um Blog onde podemos deixar algum comentário. E, quem tem conta no Twitter, pode postar sobre isso, colocando o id deles: @tritonlovers.
Não dá pra fazer de conta que isso aí “não tem nada demais”, né ?!
Para quem quiser ler o post no blog da Denise: