segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu acreditava sinceramente que depois do reinado da familia Garotinho a população do Rio escolheria alguém que representasse o extremo oposto da politica corrupta e reacionaria dos bispos e outros bandidos.
Pois é, eu me enganei!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

temperança

do Lat. temperantias. f.,

qualidade ou virtude de quem é moderado ou de quem tem o poder de moderar
os apetites e as paixões;
parcimónia;
sobriedade.

Farei dela meu segundo nome

Sarkozy, Vichy e os Imigrantes

A noticia saiu ha algumas semanas nos jornais franceses, nos dias 3 e 4 de novembro proximo, a presidência francesa da União Européia reunira, por iniciativa de Brice Hortefeux, ministro francês da imigração e da identidade nacional (absurdo isso de identidade nacional não?) os 27 ministros europeus do Interior e da Justiça. Ele reunira esses senhores e senhoras em Vichy, capital francesa, durante a segunda guerra mundial, do regime pro-nazista e centro da deportação dos judeus aos campos de concentração.
E eu me pergunto, porque essa provocação? Porque instalar un sommet europeu sobre a imigração justamente na cidade reconhecida durante o governo Petain pelo racismo levado ao seu extremo? Qual é exatamente a mensagem que deseja passar o senhor presidente da republica e seus ministros?

domingo, 19 de outubro de 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas
-Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
-Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Alvaro de Campos

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Eles e eu

Mas o que se respeita é o ser humano que se têm diante de si ou a hierarquia que este mesmo ser humano representa?
E a pergunta que me faço desde ontem quando tive a enésima discussão no trabalho por não respeitar corretamente o meu superior hierarquico.
Me lembrou um texto que estive lendo algumas semanas atras sobre os amish. Para uma vertente desse grupo, não existem senhores. So ha um senhor.
Todos os demais homens são iguais, não se usam tratamentos diferenciados pois ninguém ocupa neste mundo um espaço mais importante que o outro.
Na França pais onde a palavra "politesse" tem valor sagrado, os homens se diferenciam sim, e se diferenciam pela linguagem e pelo tratamento devido. E quase um sacrilégio se dirigir a um desconhecido sem usar a forma correta de linguagem: monsieur, madame, vous.
Nada de intimidade.
Todos aqueles que ocupam um posto de trabalho devem se dirigir a seus superiores e mesmo algumas vezes aos colegas, mesmo depois de dez anos de convivência diaria, pela formula correta: vous. Jamais um tu, jamais um real interesse pelo outro. Entre ele e eu existe um abismo intransponivel, que me permite viver sem conhecer a dor e a alegria de quem esta ao lado, porque a politesse nos separa, a boa educação não me deixa interessar-me pelo meu proximo.
E assim vamos vivendo, um de um lado e o outro la longe, sem passar essa ponte fragil que se chama intimidade que é requisito basico para se construir a amizade. O que é quase impossivel quando a linguagem não permite a igualdade no pais da igualdade.
Nos, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo.
Um povo mestiço na carne e no espirito, ja que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos viveu por séculos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros.

Darci Ribeiro
O povo brasileiro

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobravel.
Eu sou.

Adélia Prado

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Crer em deus implica necessariamente crer no diabo? Pode-se acreditar numa força superior positiva sem portanto acreditar no seu contrario? Os crentes, principalmente no caso das religiões monoteistas, poderiam continuar a justificar a fé em deus se não tivessem essa visão maniqueista do mundo? E o mal, personificado pelo demônio, pelo anjo caido, por aquele que queria ser maior que deus, que não obedeceu as regras, personagem necessario para a existência dos dogmas e da tradição religiosa monoteista do medo? E sem ele, como seria?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Prestem atenção

Atualizei o flickr