quinta-feira, 7 de agosto de 2008

No pais da igualdade e da liberdade a educação é um direito de todos mas não é a mesma para todos. Trabalhando na recepção de um museu muito visitado por grupos escolares tenho tido a possibilidade de ver a diferença entre grupos vindos de escolas onde a maioria são brancos e vivem em bairros de classe média e grupos vindos da periferia composta maioritariamente (se pode dizer assim em português?) por imigrantes. O descaso dos proprios professores, o despreparo de alguns acompanhantes dessas escolas fazem com que essas crianças se sintam ainda mais discriminadas, juntamos isso com o sentimento de vitimização nos quais essas crianças são educadas e temos toda uma geração de meninos e meninas que não são de lugar nenhum, pois não se sentem e não são considerados pelas pessoas mais proximas a eles depois da familia, professores e educadores, parte integrante da republica onde nasceram.

2 comentários:

carta de navegação disse...

no brasil é a mesma coisa, flor...
é de partir o coração... mas, tô lá pra somar.. é muito bom terminar uma visitar e ouvir a criançada dizendo que o museu é lindo, que gostaram da visita, que não querem ir embora ou que querem voltar... não acontece todos os dias mas acontece quase todos os dias...
bom trabalho por aí...
beijo

(Paulo Granjo) disse...

Mal geral, mesmo.
Em Portugal (e suponho que em quase todo o lado), não tem apenas a ver com cor ou nacionalidade dos pais, mas também com classe social e com riqueza.
E há depois, dentro da mesma escola, as classes onde juntam os "casos perdidos" na mesma sala (normalmente, com os professores mais inexperientes), para que lá estejam até desistirem.

Mas vim aqui para avisar que o post-forum sobre lobolo que há tanto tempo lhe prometi ficou, finalmente, ontem disponível lá no "Antropocoiso".
Está também uma discussão a decorrer, acalorada e por vezes de bem baixo nível, no "Diário de um Sociólogo".