quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2009

Hoje ja é quase amanhã, onze da noite e nem sombra de um soninho pra eu ir pra cama num horario cristão, então aproveito para fazer minha listinha de promessas para 2009. Claro que não as cumprirei todas, talvez uma ou duas se tiver sorte e muita obstinação.
Mas preciso sem duvida nenhuma ser mais seletiva, preciso organizar meu sono, preciso comer mais verde e menos açucar, quem sabe até fazer um exercicio basico?
Quanto aos votos para 2009, eu me rendo à minha amiga Cris, que cada um tenha o ano que mereça! Eu terei outro ano lindo, porque sei que mereço!
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Hoje é dia de foto

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domingo, 28 de dezembro de 2008

Non ci sono assoluti: non c'è un bene o un male assoluto; non c'è un modo di vivere immutabile. Non c'è una verità assoluta. Tutte le verità sono mediate e moderate dalla vita. L'essere vivi condiziona ogni cosa.

Ben Okri, La tigre nella bocca del diamante

Não existem absolutos: não ha um bem ou um mal absoluto; não ha um modo de viver imutavel. Não ha uma verdade absoluta. Todas as verdades são mediadas e moderadas pela vida. O ser vivos condiciona todas as coisas.

Tradução literal minha.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Noël, Natal, Navidad, Natale

Detesto shopping, detesto gente que "precisa comprar", detesto gente futil e consumista, detesto pessoas que me ligam para me perguntarem o preço de perfumes e roupas em Paris, sim porque para um tupininquim ignorante o maximo do chic é usar "importado". Detesto natal no Brasil, detesto sair na rua em qualquer lugar onde seja natal.
So gosto de natal assim como o meu: tranquila em casa, tomando um cha de canela, comendo um biscoito e olhando o frio da janela.
Então eu não desejo feliz natal para ninguém porque acho que temos que ser felizes sempre, sem data marcada, e mesmo quando a tristeza invade todos os poros, conseguir realizar o quase impossivel: tirar dela a melhor lição para depois viver melhor.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Hoje, ultimo sabado antes do natal e penultimo sabado deste ano tão bom que foi 2008, decidi compartir com os doze leitores desse blog um pouco de minha interessantissima pessoa, vai ser numerado, não sei a que numero chegarei, tem tantas coisas interessantes nesse 1.71 de simpatia beleza e inteligência!
Vamos la:
  1. Nasci no dia seis de janeiro de 1971, dia de reis. De acordo com meus pais, tios e avo, eu era um bebê gordo, saudavel e comilão.
  2. Continuo exatamente assim, so que menos bebê.
  3. Nasci no Parana, numa cidade chamada Maringa, mas eu sou sul matogrossense pois foi la que vivi minha vida inteira antes de virar cigana internacional, enquanto viviamos em familia a ciganaiada so mudava de cidade mas estavamos sempre no mesmo estado.
  4. Morei a maior parte do tempo numa cidade chamada Ponta Porã na fronteira com uma cidade paraguaia chamada Pedro Juan Caballero, adoro este lugar, adoro esta fronteira, ainda que não sei se nesse ponto da minha vida eu voltaria a morar la, mas adoro o ar que se respira nesta terra que é metade Brasil e metade Paraguai.
  5. Falo Espanhol como um nativo de lingua espanhola, aprendi estudando sozinha, e morando na Bolivia e claro, com os meninos que diziam Preciosa!
  6. Depois do segundo grau fui morar sozinha na Bolivia, morei quase dois anos em La Paz onde comecei a estudar biologia e depois antropologia, fiz amigos queridos, que são e sempre serão a continuação de minha grande familia neste mundo a fora, viajei bastante dentro da Bolivia, ainda que era pobre feito jo, eu aproveitei cada segundo que morei por la, mas confesso que passei uns bons anos depois que voltei ao Brasil sem suportar a vista de um prato de sopa.
  7. Na Bolivia trabalhei como professora de português e trabalhei num zoologico. Entre outras coisas tinha por função limpar a casa das cobras não venenosas e separar os ratinhos que iriam ser comidos pelos predadores que so comiam bicho vivo. Adorava tudo o que fazia no zoo, nada me cansava.
  8. Morei em Brasilia.
  9. Morei na Italia, um pouco em Roma, outro pouco em Milão e na Calabria.
  10. Atualmente moro na França, gosto muito, ainda que o clima seja horroroso, mas não da para ter o Museu Rodin e um sol esplendoroso na mesma cidade.
  11. Na minha vida tive os seguintes empregos: balconista, estagiaria em banco, digitadora, tradutora, garçonete, baba, mediadora cultural, tarologa ( não eu não sei ler tarô, mas era por telefone), professora de português, italiano e espanhol, ajudante de cozinha, barmaid, recepcionista, caixa, assistente, e deve ter mais uns que eu esqueci.
  12. Moro na periferia de Paris, trabalho no bar de um teatro e estudo em uma universidade publica, tento fazer um mestrado.

Acho que por hoje é so, continuarei outro dia se tiver paciência e contarei as delicias da minha maravilhosa personalidade bla bla bla bla .........

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Frio demais para ter assunto. Amanhã trabalho, agora sou responsavel de buteco, trabalhinho mais ou menos, mas muito melhor que o outro.

Hoje acordei as seis, detesto acordar cedo, acho um abuso começar o meu dia antes que o sol comece o dele.

Na quarta tenho aula, e tenho um professor que acredita que eu sou muito inteligente e muito coerente. Coitado! Mas eu gosto, é a primeira vez que um professor gosta de mim. E olha que tenho trinta e sete anos.

Devo estar carente com esse frio nojento. Não tem como ser feliz com o nariz que doi quando a gente respira.

Tento porque tento encontrar um troço interessante para falar por aqui e vejo como sou uma pessoa monotona. Preciso urgente de vida social.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

respeito

do Lat. respectus. m.,
acto ou efeito de respeitar;
reverência;
deferência;
consideração;
apreço;
importância;
submissão;
ponto de vista;
aspecto;
causa;
relação;
temor;
(no pl. ) cumprimentos.
loc. prep.,
a - de: relativamente a; o m. q. com respeito a;
com - a:vd. a respeito de;
dizer - a: referir-se a;
por - a: em atenção a.


Como é que consideração e apreço podem estar ai, ao lado desta palavra horrorosa que é submissão? Eu não acho que o respeito nos submete, acho que o respeito nos engrandece e engrandece o outro aos nossos olhos. E vocês, o que acham?

domingo, 7 de dezembro de 2008

Minha casa é tão pequenininha que não cabe um gato e menos um cachorro. Decidi então comparti-la com uma aranha negra, de pernas compridas e barriga peluda, que bota ovos como quem come baguette com manteiga, toda hora, em todo lugar, pelo menos é nisso o que a desaforenta quer me fazer acreditar.
Repartimos de forma muito justa o nosso misero espaço, ela fica com os cantos, com os vãos atras dos moveis, com o viés que faz o teto e a parede e eu fico com o resto. Eu tiro o po, limpo o chão e ela come os mosquitos e outros voadores infelizes que tentam penetrar no nosso ninho.
Mas eu começo a ficar preocupada, eu sou uma, ela esta virando centenas, serei desalojada?

Domingo

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sábado, 6 de dezembro de 2008

I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...

..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

II

Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado
— Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...

III

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras!
... Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

IV

Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...

V

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. . .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...

VI

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Castro Alves, Navio Negreiro

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lagartinagens

intelectual
do Lat. intellectualea

dj. 2 gén.,
relativo ao intelecto, ao entendimento;
mental;

s. 2 gén.,
pessoa dada ao estudo;
pessoa de grande cultura.

Mas pessoas dadas ao estudo e de grande cultura não precisa ficar discutindo o ciclo menstrual da lagartixa africana em contraposição ao ciclo menstrual da lagartixa doméstica e as diferenças devidas ao convivio com seres humanos da segunda espécie, não é? Podem também, essas mesmas pessoas, conversar de forma ligeira, contar uma piada, uma sacanagenzinha basica, não é? Porque vou te contar, tem gente que vai para a noite para discutir a ultima publicação da Escola dos altos estudos ou para comunicar ao auditorio pouco interessado, principalmente na esbornia, o caminho que esta tomando a sua tese de doutorado. Não pode gente, não pode. Um pouco de leveza, que a semana de trabalho e escola exige. E eu também. Fecha a boca e vai dançar o reggaeton que o Don Omar agradece.